Teu sorriso
Teu sorriso é hipnotizador.
Difícil encontrar palavras
que definam com fidelidade
o que ele provoca.
Uma certeza: tem um carisma raro
e irresistível, ao ponto de atrair
e paralisar em encantamento
quem dele desfrutar.
Teu sorriso tem este grande poder
cativante, porque esbanja verdade,
sinceridade e uma doce alegria
- quase infantil, ingênua -,
o que causa à sua volta imediata empatia.
Além de bonito, teu sorriso se espraia
por todo teu rosto, transborda nos teus olhos,
e não deixa dúvidas de que é assim
que ele te traduz: por inteiro!
Extremamente encantador e sedutor é teu sorriso.
Tua boca linda é a moldura que o torna único e definitivo!
O que se pode dizer daquilo
que nos fascina e nos provoca
uma irresistível admiração?
Deixe-se levar? Entregue-se?
É intraduzível! É pura magia!
Arquivo de Letras
07 janeiro 2018
Do teu olhar
Teu olhar,
Teu olhar,
Terno e cheio de doçura,
Me faz vibrar
E me convida à loucura,
Onde me perco
Para te encontrar.
Teu olhar, sem aviso
Ou previsão,
Vem em busca do meu,
Transbordando de carinho;
Inundado de mistério,
Nele mergulha
Sem nada ter de dizer.
Às vezes, distante e enigmático,
Foge do meu
Como foge um pensamento.
Outras, vago, indiferente,
Me traz tristeza e dor.
Vez por outra, frio, inquisidor,
Causa-me aflição, beirando o temor.
No mais das vezes, confiável,
Encantador, intenso,
Traz em si a sedução inebriante,
Que conduz à inevitável rendição.
Teu olhar denuncia todo teu ser
Com tuas aflições, desejos e alegrias,
E faz dos teus olhos o tradutor
Do sorriso ou das palavras neles escritas.
Quando me vem teu pedido
Para que te olhe nos olhos,
Encontro um olhar penetrante
E avassalador como um feixe de luz
Que rasga a escuridão,
Despertando desejos de se revelar
Segredos antes inconfessáveis.
É assim, o teu olhar:
Misterioso, expressivo, profundo como o mar, cativante, docemente provocante, arrebatador, que irresistivelmente faz sucumbir quem nele mergulhar.
11 agosto 2017
06 setembro 2015
03 fevereiro 2014
16 outubro 2013
13 setembro 2013
19 setembro 2012
06 maio 2010
Não me leve a mal
Não me leve a mal,
Parece que não tem jeito:
Uma saudade brutal
Tem doído no meu peito.
De promessa a simpatia,
Fiz de tudo pra te esquecer!
Perdi o viço e a alegria,
Vi a vida desfalecer.
Esse amor parece praga,
Coisa feita ou sortilégio;
Rasga e queima feito chaga,
Tal paixão, não tem remédio.
Nem sei como te pedir
Desculpa por este pranto,
Desculpa por eu existir,
Desculpa por te amar tanto.
24 abril 2009
Paixão por outono
O outono vem manso
de sol morno
e frescor no ar
trazendo dias azuis
vestidos de luz
que em raios brilhantes
rasgam a sombra fria
das folhas verdes
em contraste
ao ocaso
das caducas douradas
que revestem
o chão
prenúncio
do aconchego
das noites frias
de lua clara
do vinho tinto
e do beijo ardente
que traz a paixão.
O outono vem manso
de sol morno
e frescor no ar
trazendo dias azuis
vestidos de luz
que em raios brilhantes
rasgam a sombra fria
das folhas verdes
em contraste
ao ocaso
das caducas douradas
que revestem
o chão
prenúncio
do aconchego
das noites frias
de lua clara
do vinho tinto
e do beijo ardente
que traz a paixão.
01 maio 2008
10 junho 2007
24 maio 2007
13 maio 2007
12 maio 2007
16 dezembro 2006
Delírio etílico
como busco o ar para não morrer?
Por que ainda te necessito
como preciso da água para não definhar?
Por que ainda te quero
como desejo um café para continuar?
Por que ainda te anseio
como quero um beijo para me sentir vivendo?
Por que ainda te saboreio
como se degustasse um vinho por prazer?
Por que ainda te espero
como se soubesse que vais voltar?
Por que ainda me alegro ao te escutar
como se ouvisse aquela música para dançar?
Por que ainda me satisfaz saber que existes
como se disso dependesse minha existência?
Por que ainda suspiro
como se almejasse teu amor para ser feliz?
26 setembro 2006
10 janeiro 2006
26 novembro 2005
30 outubro 2005
18 setembro 2005
03 setembro 2005
29 agosto 2005
02 agosto 2005
30 julho 2005
13 julho 2005
30 junho 2005
31 março 2005
25 março 2005
Ouvindo a razão...
Amei a quem por mim amor não sentia
Não amei a quem de amor por mim morria
Chorei pelo amor de quem não merecia
Adoeci de paixão por quem de mim fugia.
Curei a dor que da paixão vivia
Esqueci do amor que de mim esquecia
Deixei a mágoa esvair-se de mim
Da vida, o começo... distante, o fim.
24 março 2005
13 março 2005
12 março 2005
03 agosto 2004
31 julho 2004
Vens cada vez menos
menos saudoso
menos presente
menos interessado
menos amoroso
menos paciente
menos apaixonado
menos disposto
menos vibrante
menos íntimo
menos feliz
menos amante
menos meu.
Ficas cada vez mais
mais apressado
mais alheio
mais crítico
mais estressado
mais sério
mais desatento
mais chateado
mais racional
mais sonolento
mais desencantado
mais implicante
mais mordaz
mais estranho
mais distante.
menos saudoso
menos presente
menos interessado
menos amoroso
menos paciente
menos apaixonado
menos disposto
menos vibrante
menos íntimo
menos feliz
menos amante
menos meu.
Ficas cada vez mais
mais apressado
mais alheio
mais crítico
mais estressado
mais sério
mais desatento
mais chateado
mais racional
mais sonolento
mais desencantado
mais implicante
mais mordaz
mais estranho
mais distante.
25 julho 2004
23 junho 2004
20 junho 2004
Lamento
De tantos passados mortos
vivemos
De tantos amores perdidos
sofremos
De tantos desejos sublimes
esquecemos
De tantos medos vãos
perecemos
De tantos beijos ardentes
desistimos
De tantos prazeres furtivos
fugimos
De tantos amigos fiéis
duvidamos
De tantas tristezas alheias
corremos
De tantos desmandos insanos
calamos
De tantas verdades pungentes
desviamos
De tantas mentiras bizarras
transbordamos
De tantas paixões fugazes
morremos...
De tantos passados mortos
vivemos
De tantos amores perdidos
sofremos
De tantos desejos sublimes
esquecemos
De tantos medos vãos
perecemos
De tantos beijos ardentes
desistimos
De tantos prazeres furtivos
fugimos
De tantos amigos fiéis
duvidamos
De tantas tristezas alheias
corremos
De tantos desmandos insanos
calamos
De tantas verdades pungentes
desviamos
De tantas mentiras bizarras
transbordamos
De tantas paixões fugazes
morremos...
31 maio 2004
15 maio 2004
15 fevereiro 2004
10 fevereiro 2004
01 janeiro 2004
11 novembro 2003
20 outubro 2003
26 agosto 2003
21 junho 2003
15 junho 2003
05 junho 2003
16 maio 2003
14 abril 2003
05 abril 2003
10 fevereiro 2003
19 janeiro 2003
18 janeiro 2003
12 janeiro 2003
03 janeiro 2003
26 dezembro 2002
21 dezembro 2002
17 dezembro 2002
12 dezembro 2002
11 novembro 2002
18 setembro 2002
13 agosto 2002
19 junho 2002
05 junho 2002
22 maio 2002
10 maio 2002
05 abril 2002
22 janeiro 2002
21 janeiro 2002
15 dezembro 2001
07 dezembro 2001
22 novembro 2001
26 outubro 2001
30 setembro 2001
14 setembro 2001
Ar de Infância
Memória de cheiros e ares
Balanço de corda, quintais
Fumaça de lenha queimada
Pão caseiro, parreirais
Estrada de chão batido
Eucaliptos, favos de mel
Destinos sem pressa nenhuma
Juras de amor no papel
Domingos festivos -de praxe-
Despedidas, solidão
Alento de avós maternos
Colos e cantos em alemão
Páscoas da busca dos ninhos
Pinheiros brilhando Natais
Adega embaixo do assoalho
Segredos e músicas medievais
Prosa, mate, cadeira de balanço
Óleo em tela das mãos teatrais
Papoulas cobrindo canteiros
Puras quimeras imortais
Sabores de infância, saudade
Tempos guardados virando pó
Retratos se quebram, amarelados
Dos sonhos, lembranças, e só.
Memória de cheiros e ares
Balanço de corda, quintais
Fumaça de lenha queimada
Pão caseiro, parreirais
Estrada de chão batido
Eucaliptos, favos de mel
Destinos sem pressa nenhuma
Juras de amor no papel
Domingos festivos -de praxe-
Despedidas, solidão
Alento de avós maternos
Colos e cantos em alemão
Páscoas da busca dos ninhos
Pinheiros brilhando Natais
Adega embaixo do assoalho
Segredos e músicas medievais
Prosa, mate, cadeira de balanço
Óleo em tela das mãos teatrais
Papoulas cobrindo canteiros
Puras quimeras imortais
Sabores de infância, saudade
Tempos guardados virando pó
Retratos se quebram, amarelados
Dos sonhos, lembranças, e só.
12 setembro 2001
10 setembro 2001
De tempos em tempos
nem tempo
de ser
terás
E o tempo
nem tempo
terá
pra te ver
passar
E sem tirar
nem pôr
o tempo
virá
levando
o melhor
do seu tempo
pra lá
deixando
do tempo,
temporais.
___________
Estremeço
quando sinto
que sem ti
adoeço.
___________
Não moro
me enamoro
namoro
na morada
da namorada.
___________
A chuva alaga
encharca
e até mata
Só não afoga
essa mágoa
entranhada.
nem tempo
de ser
terás
E o tempo
nem tempo
terá
pra te ver
passar
E sem tirar
nem pôr
o tempo
virá
levando
o melhor
do seu tempo
pra lá
deixando
do tempo,
temporais.
___________
Estremeço
quando sinto
que sem ti
adoeço.
___________
Não moro
me enamoro
namoro
na morada
da namorada.
___________
A chuva alaga
encharca
e até mata
Só não afoga
essa mágoa
entranhada.
26 agosto 2001
Amanheci sem cor,
O dia, acinzentado;
Pedi que o sol não viesse
para eu ficar em preto e branco,
nublado.
___________
Não passe a vida procurando um amor,
pois quando o encontrares,
a vida já terá passado.
___________
Se o amor chegar,
não pense duas vezes;
não pense.
___________
Ando assim...
meio curta,
meio breve,
abreviada.
O dia, acinzentado;
Pedi que o sol não viesse
para eu ficar em preto e branco,
nublado.
___________
Não passe a vida procurando um amor,
pois quando o encontrares,
a vida já terá passado.
___________
Se o amor chegar,
não pense duas vezes;
não pense.
___________
Ando assim...
meio curta,
meio breve,
abreviada.
20 agosto 2001
08 agosto 2001
02 agosto 2001
Definindo os artigos...
O palpite roubou a cena
os personagens viraram gente
os índices explodiram a tabela
o provedor travou de novo
o autor quase enlouqueceu
os anjos piraram no 34
o nosso medo é de que acabe
os amores se esconderam
os humores se revezaram
o nosso dia mudou de rumo
o site é um sucesso
o livro on-line vai pro papel
o Badaró nunca morreu
o amor de Elyza não acabou
o meu coração quase explodiu
os blues podem voltar
os dias prateados vão continuar!
O palpite roubou a cena
os personagens viraram gente
os índices explodiram a tabela
o provedor travou de novo
o autor quase enlouqueceu
os anjos piraram no 34
o nosso medo é de que acabe
os amores se esconderam
os humores se revezaram
o nosso dia mudou de rumo
o site é um sucesso
o livro on-line vai pro papel
o Badaró nunca morreu
o amor de Elyza não acabou
o meu coração quase explodiu
os blues podem voltar
os dias prateados vão continuar!
31 julho 2001
Soltas idéias soltas
Éticas óticas
poéticas caóticas
volúpias eróticas
sensos tensos
penso no sens
síntese antítese
fatos toscos
tatos rotos
eros eras
meras quimeras
feras ferozes
auras auroras
parcas farpas
almas flamas
claras clamas
transas tramas
traumas dramas
tálamos bálsamos
tânatos sândalos
súplicas públicas
ânimos ávidos
hálitos alibis
hábitos fálicos
colos cálidos
cálices pálidos
peles pêlos
poros puros
amaras amoras
amores amaros
gemidos temidos
trêmitos frêmitos
ânsias dúbias
dúvidas súbitas
surtos soltos
sábios lábios
lúcidos lúbricos
falas falos
falam calam.
___________
In blues
(Para Badaró e Elyza, de
Os Anjos de Badaró - Mario Prata)
Amantes sedentos
luz desmaiada
vinho rubro
blues candente
balanço sensual
mãos que se buscam
rhythm in blues
corpos se roçam
dançam carícias
hálitos excitam
trocas ardentes
peles se tocam
sussurros picantes
rhythm in blues
pupilas dilatam
bocas se encontram
salivas doces
beijos cegos
fôlegos trôpegos
doida paixão
rhythm in blues
música entorpece
vinho entontece
coração endoidece
noite desfalece
corpo estremece
que tudo recomece
rhythm in blues.
Éticas óticas
poéticas caóticas
volúpias eróticas
sensos tensos
penso no sens
síntese antítese
fatos toscos
tatos rotos
eros eras
meras quimeras
feras ferozes
auras auroras
parcas farpas
almas flamas
claras clamas
transas tramas
traumas dramas
tálamos bálsamos
tânatos sândalos
súplicas públicas
ânimos ávidos
hálitos alibis
hábitos fálicos
colos cálidos
cálices pálidos
peles pêlos
poros puros
amaras amoras
amores amaros
gemidos temidos
trêmitos frêmitos
ânsias dúbias
dúvidas súbitas
surtos soltos
sábios lábios
lúcidos lúbricos
falas falos
falam calam.
___________
In blues
(Para Badaró e Elyza, de
Os Anjos de Badaró - Mario Prata)
Amantes sedentos
luz desmaiada
vinho rubro
blues candente
balanço sensual
mãos que se buscam
rhythm in blues
corpos se roçam
dançam carícias
hálitos excitam
trocas ardentes
peles se tocam
sussurros picantes
rhythm in blues
pupilas dilatam
bocas se encontram
salivas doces
beijos cegos
fôlegos trôpegos
doida paixão
rhythm in blues
música entorpece
vinho entontece
coração endoidece
noite desfalece
corpo estremece
que tudo recomece
rhythm in blues.
26 julho 2001
Sorriso nos olhos...
Olhar risonho
passeia na tela
viaja nas letras
divaga e sonha
Quem sabe só riso
nem sonhos
nem vagos
são olhos risonhos
parados no tempo
Sorriso largo
sorriso meigo
fugindo da boca
encontrando o olhar.
___________
Bate coração
não bate
que dói
coração que bate.
___________
Vens tens
Vinhas vinhos
Vim tens.
Olhar risonho
passeia na tela
viaja nas letras
divaga e sonha
Quem sabe só riso
nem sonhos
nem vagos
são olhos risonhos
parados no tempo
Sorriso largo
sorriso meigo
fugindo da boca
encontrando o olhar.
___________
Bate coração
não bate
que dói
coração que bate.
___________
Vens tens
Vinhas vinhos
Vim tens.
25 julho 2001
Um olhar profundo
Parado no tempo
num ponto distante
mergulha no ar...
Sem riso, sem nexo,
remoto, cansado,
pungente, sozinho,
se deixa admirar.
Perturba, consome,
quem dera pudesse,
tal gota de orvalho,
fazê-lo brilhar!
___________
Meio dia
meio noite
meio rosto
meio fronte
um perfil
um sorriso
um olhar, ou meio?
Meia-luz
luz e meia
quase noite
entremeia
meia imagem
prateia!
___________
Penso se vou
Penso se fico
Penso em não ir
Ou se não fico
Se penso, não vou
Se não penso, fico!
Fixo o olhar
E com o olhar fixo
Calo o pensar
E com o pensar, fico.
___________
O tom da palavra
Palavra escrita:
falta o tom da palavra dita
falta o peso
do olhar que fita
Palavra escrita:
falta o gesto do aceno
falta o som
de um grito obsceno
Palavra escrita:
falta o suor ofegante
falta o murmúrio
do beijo amante.
Palavra escrita:
guarda a alma que nela fala
guarda o gozo
que dela exala
Palavra escrita:
guarda o tema que nela encerra
guarda o segredo
que aos olhos revela
Palavra escrita:
guarda emoções em letras frias
guarda o prazer
que a leitura sacia.
Palavra escrita:
guarda vidas minhas e vidas tuas
guarda mistérios
que a letra perpetua.
Parado no tempo
num ponto distante
mergulha no ar...
Sem riso, sem nexo,
remoto, cansado,
pungente, sozinho,
se deixa admirar.
Perturba, consome,
quem dera pudesse,
tal gota de orvalho,
fazê-lo brilhar!
___________
Meio dia
meio noite
meio rosto
meio fronte
um perfil
um sorriso
um olhar, ou meio?
Meia-luz
luz e meia
quase noite
entremeia
meia imagem
prateia!
___________
Penso se vou
Penso se fico
Penso em não ir
Ou se não fico
Se penso, não vou
Se não penso, fico!
Fixo o olhar
E com o olhar fixo
Calo o pensar
E com o pensar, fico.
___________
O tom da palavra
Palavra escrita:
falta o tom da palavra dita
falta o peso
do olhar que fita
Palavra escrita:
falta o gesto do aceno
falta o som
de um grito obsceno
Palavra escrita:
falta o suor ofegante
falta o murmúrio
do beijo amante.
Palavra escrita:
guarda a alma que nela fala
guarda o gozo
que dela exala
Palavra escrita:
guarda o tema que nela encerra
guarda o segredo
que aos olhos revela
Palavra escrita:
guarda emoções em letras frias
guarda o prazer
que a leitura sacia.
Palavra escrita:
guarda vidas minhas e vidas tuas
guarda mistérios
que a letra perpetua.
09 julho 2001
Meu querer
Meu querer é mais que um querer por querer
é querer pra te ter
é querer pra sonhar
é querer pra renascer
é querer pra se encontrar
é querer para ser
é querer pra sentir
é querer para amar
é querer pra sorrir
é querer pra se dar
é querer pra viver
é querer pra se alegrar
é querer pra não morrer.
___________
Beijo beijado
Beijo
- desejado
imaginado
fantasiado
sonhado
esperado
ansiado
insinuado
procurado
tentado
negado
adiado
convidado
buscado
provado
saboreado
adocicado
enroscado
devorado
sugado
molhado
demorado
descontrolado
escandalizado
suado
arrebatado
apaixonado-
beijado!
___________
I n d o
o b n i v
nosso amor é de recomeços.
___________
O vento
Tu passas com pressa
tu passas voando...
Não pareces com pássaro,
pareces com o vento
O vento que chama,
que canta e que geme
Me fala de amores,
clama... clama!
Pudera ouvir-te
quisera seguir-te
Me busca, me leva
nas asas seguras
Faz do teu grito
a minha cura
Liberta minh'alma
me faz pura!
___________
Se...
Nem sei se me queres,
mas sei que te amo!
Te quero inteiro,
clamo!
Se restam pedaços,
se ficam as dores,
Teu beijo na boca,
sabores!
Se mentes ou foges,
se finges paixão
Teu corpo na pele,
tesão!
Se falas ou calas,
se é falso o sorriso,
teus olhos te traem,
paraíso!
___________
Superbu
Fiquei na ponta dos pés
não alcancei tua boca
cheguei a morder as nuvens
tua altivez me põe louca!
___________
Que amor é esse?
Que amor é esse que invade, se instala, se apossa e domina?
Que amor é esse que entristece, soterra, sufoca e silencia?
Que amor é esse que se alastra, se entranha, insiste e perdura?
Que amor é esse que promete a vida e traz o amargo sabor da perda?
Que amor é esse que não finda, não alivia, não parte e não se deixa esquecer?
Que amor é esse que endoidece, tumultua, estremece e hipnotiza?
Que amor é esse que renasce quando fraco, reacende ao despedir-se e retorna a cada partida?
Que amor é esse que não suporta a lembrança, grita a presença e chora a distância?
Que amor é esse que se sabe impossível, mas se faz teimoso, presente e imenso?
Que amor é esse que encanta, faz sonhar, mas traz angústia e dor?
Que amor é esse que avança os limites, esquece a vergonha e brinca com o ridículo?
Que amor é esse que se vê sozinho e nem assim desiste?
Que amor é esse?
Meu querer é mais que um querer por querer
é querer pra te ter
é querer pra sonhar
é querer pra renascer
é querer pra se encontrar
é querer para ser
é querer pra sentir
é querer para amar
é querer pra sorrir
é querer pra se dar
é querer pra viver
é querer pra se alegrar
é querer pra não morrer.
___________
Beijo beijado
Beijo
- desejado
imaginado
fantasiado
sonhado
esperado
ansiado
insinuado
procurado
tentado
negado
adiado
convidado
buscado
provado
saboreado
adocicado
enroscado
devorado
sugado
molhado
demorado
descontrolado
escandalizado
suado
arrebatado
apaixonado-
beijado!
___________
I n d o
- e
o b n i v
nosso amor é de recomeços.
___________
O vento
Tu passas com pressa
tu passas voando...
Não pareces com pássaro,
pareces com o vento
O vento que chama,
que canta e que geme
Me fala de amores,
clama... clama!
Pudera ouvir-te
quisera seguir-te
Me busca, me leva
nas asas seguras
Faz do teu grito
a minha cura
Liberta minh'alma
me faz pura!
___________
Se...
Nem sei se me queres,
mas sei que te amo!
Te quero inteiro,
clamo!
Se restam pedaços,
se ficam as dores,
Teu beijo na boca,
sabores!
Se mentes ou foges,
se finges paixão
Teu corpo na pele,
tesão!
Se falas ou calas,
se é falso o sorriso,
teus olhos te traem,
paraíso!
___________
Superbu
Fiquei na ponta dos pés
não alcancei tua boca
cheguei a morder as nuvens
tua altivez me põe louca!
___________
Que amor é esse?
Que amor é esse que invade, se instala, se apossa e domina?
Que amor é esse que entristece, soterra, sufoca e silencia?
Que amor é esse que se alastra, se entranha, insiste e perdura?
Que amor é esse que promete a vida e traz o amargo sabor da perda?
Que amor é esse que não finda, não alivia, não parte e não se deixa esquecer?
Que amor é esse que endoidece, tumultua, estremece e hipnotiza?
Que amor é esse que renasce quando fraco, reacende ao despedir-se e retorna a cada partida?
Que amor é esse que não suporta a lembrança, grita a presença e chora a distância?
Que amor é esse que se sabe impossível, mas se faz teimoso, presente e imenso?
Que amor é esse que encanta, faz sonhar, mas traz angústia e dor?
Que amor é esse que avança os limites, esquece a vergonha e brinca com o ridículo?
Que amor é esse que se vê sozinho e nem assim desiste?
Que amor é esse?
Amor gourmet
Desejos ardentes
saciados à beira do fogão
rolávamos ofegantes
no piso frio da cozinha
Beijos misturados
ao cheiro morno do feijão
nem lugar, nem padrão,
nosso amor tinha.
Desamor
Por que me vens assim de manso,
falando tão frio e vazio, sem encanto?
Sinto no ar um tom machucado,
quase magoado que esconde teu pranto
Estou enganada, vendo fastasmas,
sonhando acordada?
Não, amor meu, é meu coração que avisa
e me diz que ainda sofro com tua chegada.
Assim como vens, te vais de repente,
sem nada dizer, me fazendo pensar
que minhas palavras, sem mesmo que eu queira,
te fazem penar.
Queria te dizer, jurar meu amor
que tanto me agita e corrói
Mas sofro calada, apertando no peito
esta louca paixão que tanto me dói!
Queria esquecer e viver novamente
sem ter esta dor
Cometo algum crime por ter aqui dentro
este louco amor?
Não calculei, muito menos pedi
pra te amar tanto assim
É tão grande o que sinto,
não tem início, nem meio, nem fim!
O amor é assim mesmo, não escolhe momento,
nos vem de repente
Transforma o sossego num turbilhão
e devasta tudo, como um furacão
Nos deixa sem riso, cobertos de dor,
em só desencantos
Quisera esse amor diferente,
alegre, sem mágoas, nem prantos
Mas ele me vem solitário, sem eco, sem chance
E te leva pra longe, muito além do meu alcance.
Atrevimento
Cheguei tarde, amor, bem sei!
Mas o desejo me fez te buscar!
Nos poetas, as rimas não achei
Pra dizer o quanto queria te amar!
Atrevida (e quanto!) estes versos dedilho
Driblando palavras travessas e picantes
Pra não te deixar com rubores de filho
Não digo -só penso- loucuras de amantes
Meu desejo me inspira e provoca
Aguça a libido, me tira do sério
Queria um louco beijo na tua boca,
Poder te amar sem limites, sem mistério.
Ainda escuto o que dizias
Te assustei com um amor imenso
Fugiste, correndo de mim!
Em tuas juras ainda penso
Como esquecer um amor assim?
Ainda sofro com o que dizias
Com tua voz que sempre amei:
"Sou louco por ti!" -(mentias?)
Pois eu, louca, acreditei!
Na música queria encontrar-te
Cantando e dizendo pra mim
Que a mais ninguém queria entregar-te,
Só ao meu doido amor, sem fim.
Dançamos na noite, na lua.
Te amei como a ninguém,
Ao som da música fui tua;
Dançavas comigo também?
Nas despedidas, um beijo...
Pedias que sonhasse contigo.
Como não atender ao teu desejo
Se estavas sempre aqui, comigo?
Ouviste sempre calado
Minhas falas e juras de amor
Melhor não tivesse falado:
Te perdi, fiquei com a dor.
Por que esse amor insiste?
Sufoca e me aflige assim?
Quem sabe um dia desiste
E devolve a vida pra mim?
Ponto de fuga
Foge-me:
dura penitência!
Teu olhar:
fatal sucumbência!
Amo
Acordo
não acordo
desacordo
desacordado
acordo
acordado.
Desejos ardentes
saciados à beira do fogão
rolávamos ofegantes
no piso frio da cozinha
Beijos misturados
ao cheiro morno do feijão
nem lugar, nem padrão,
nosso amor tinha.
______________________________________
Desamor
Por que me vens assim de manso,
falando tão frio e vazio, sem encanto?
Sinto no ar um tom machucado,
quase magoado que esconde teu pranto
Estou enganada, vendo fastasmas,
sonhando acordada?
Não, amor meu, é meu coração que avisa
e me diz que ainda sofro com tua chegada.
Assim como vens, te vais de repente,
sem nada dizer, me fazendo pensar
que minhas palavras, sem mesmo que eu queira,
te fazem penar.
Queria te dizer, jurar meu amor
que tanto me agita e corrói
Mas sofro calada, apertando no peito
esta louca paixão que tanto me dói!
Queria esquecer e viver novamente
sem ter esta dor
Cometo algum crime por ter aqui dentro
este louco amor?
Não calculei, muito menos pedi
pra te amar tanto assim
É tão grande o que sinto,
não tem início, nem meio, nem fim!
O amor é assim mesmo, não escolhe momento,
nos vem de repente
Transforma o sossego num turbilhão
e devasta tudo, como um furacão
Nos deixa sem riso, cobertos de dor,
em só desencantos
Quisera esse amor diferente,
alegre, sem mágoas, nem prantos
Mas ele me vem solitário, sem eco, sem chance
E te leva pra longe, muito além do meu alcance.
______________________________________
Atrevimento
Cheguei tarde, amor, bem sei!
Mas o desejo me fez te buscar!
Nos poetas, as rimas não achei
Pra dizer o quanto queria te amar!
Atrevida (e quanto!) estes versos dedilho
Driblando palavras travessas e picantes
Pra não te deixar com rubores de filho
Não digo -só penso- loucuras de amantes
Meu desejo me inspira e provoca
Aguça a libido, me tira do sério
Queria um louco beijo na tua boca,
Poder te amar sem limites, sem mistério.
______________________________________
Ainda escuto o que dizias
Te assustei com um amor imenso
Fugiste, correndo de mim!
Em tuas juras ainda penso
Como esquecer um amor assim?
Ainda sofro com o que dizias
Com tua voz que sempre amei:
"Sou louco por ti!" -(mentias?)
Pois eu, louca, acreditei!
Na música queria encontrar-te
Cantando e dizendo pra mim
Que a mais ninguém queria entregar-te,
Só ao meu doido amor, sem fim.
Dançamos na noite, na lua.
Te amei como a ninguém,
Ao som da música fui tua;
Dançavas comigo também?
Nas despedidas, um beijo...
Pedias que sonhasse contigo.
Como não atender ao teu desejo
Se estavas sempre aqui, comigo?
Ouviste sempre calado
Minhas falas e juras de amor
Melhor não tivesse falado:
Te perdi, fiquei com a dor.
Por que esse amor insiste?
Sufoca e me aflige assim?
Quem sabe um dia desiste
E devolve a vida pra mim?
______________________________________
Ponto de fuga
Foge-me:
dura penitência!
Teu olhar:
fatal sucumbência!
______________________________________
Amo
- Amoras
- Amora
- Amoramos
- Amorais
- Amoram
______________________________________
Acordo
não acordo
desacordo
desacordado
acordo
acordado.
06 julho 2001
Desejo de ti
Teus olhos... me perco
de verde a castanho
(a luz há de dizer!).
Teu cheiro inebria,
envolve e convida.
Teu toque estremece,
enrubesce e perturba.
Teu abraço incendeia,
entorpece e escraviza.
Tua boca mordida,
invadida; fonte de delícias
encontro de línguas.
Libido selvagem
Desejos pulsantes
Apelos insanos
Sentidos vorazes
Sonhos desfraldados
Corpos suplicantes
na nudez se tragam,
devoram-se e se entregam
num vôo solto, sem rédeas.
Murmúrios, gemidos
Ofegantes carícias
percorrem os corpos.
Tuas mãos atrevidas
fascinam e encantam:
dádiva profana
que marcam meu corpo
(memória tatuada).
Teu peso em meus flancos:
galopes, cadências
(úmidas volúpias)
cavalgada suada
encharca teu rosto
que escorre e me afoga...
sabor salgado que excita, enlouquece.
Ritmo ardente
Olhares carentes
Mergulho profundo
Paixão flagrada
Salivas trocadas
Som molhado
dos sexos famintos
que abrem caminhos
em busca do céu...
Delírios somados
Razão que falece
Pecado adormece
Despudor que floresce
Temores se perdem
sem culpa, sem dor
O tempo não conta,
espera (cúmplice!)
Química mágica
de peles e cheiros
Explosão desejada!
Gritos, delírios
Aurora boreal!
Deleite alcançado
Fluidos transbordam
Instante supremo.
Sussurros de amor
recheiam o espaço
Felicidade, torpor...
Latejos ritmados
Espasmos de prazer
Poros inflados
Corpos transcendem.
Desejos saciados...
aromas no ar.
Gestos lentos, cansados,
afagos, sorrisos
Silêncio quebrado,
rhythm in blues...
lábios prometem:
- te quero outra vez!
Teus olhos... me perco
de verde a castanho
(a luz há de dizer!).
Teu cheiro inebria,
envolve e convida.
Teu toque estremece,
enrubesce e perturba.
Teu abraço incendeia,
entorpece e escraviza.
Tua boca mordida,
invadida; fonte de delícias
encontro de línguas.
Libido selvagem
Desejos pulsantes
Apelos insanos
Sentidos vorazes
Sonhos desfraldados
Corpos suplicantes
na nudez se tragam,
devoram-se e se entregam
num vôo solto, sem rédeas.
Murmúrios, gemidos
Ofegantes carícias
percorrem os corpos.
Tuas mãos atrevidas
fascinam e encantam:
dádiva profana
que marcam meu corpo
(memória tatuada).
Teu peso em meus flancos:
galopes, cadências
(úmidas volúpias)
cavalgada suada
encharca teu rosto
que escorre e me afoga...
sabor salgado que excita, enlouquece.
Ritmo ardente
Olhares carentes
Mergulho profundo
Paixão flagrada
Salivas trocadas
Som molhado
dos sexos famintos
que abrem caminhos
em busca do céu...
Delírios somados
Razão que falece
Pecado adormece
Despudor que floresce
Temores se perdem
sem culpa, sem dor
O tempo não conta,
espera (cúmplice!)
Química mágica
de peles e cheiros
Explosão desejada!
Gritos, delírios
Aurora boreal!
Deleite alcançado
Fluidos transbordam
Instante supremo.
Sussurros de amor
recheiam o espaço
Felicidade, torpor...
Latejos ritmados
Espasmos de prazer
Poros inflados
Corpos transcendem.
Desejos saciados...
aromas no ar.
Gestos lentos, cansados,
afagos, sorrisos
Silêncio quebrado,
rhythm in blues...
lábios prometem:
- te quero outra vez!
04 julho 2001
Estou
de
amores
por
você!
Nem isso...
Horas escoam
Um só pensamento
Desejos insanos
Espera infinda
Palavras em prosa
Inútil tentativa
Você não me crê...
se esquiva.
Musiquando
Música...
invade.
Sonho...
sonhado.
Frio...
saudade.
Prece...
inútil.
Amor...
empoeirado.
Viver...
esqueci...
Esquecer...
de ter te amado.
- c
- a
- in
- d
- o
de
amores
por
você!
______________________________________
Nem isso...
Horas escoam
Um só pensamento
Desejos insanos
Espera infinda
Palavras em prosa
Inútil tentativa
Você não me crê...
se esquiva.
______________________________________
Musiquando
Música...
invade.
Sonho...
sonhado.
Frio...
saudade.
Prece...
inútil.
Amor...
empoeirado.
Viver...
esqueci...
Esquecer...
de ter te amado.
Assinar:
Postagens (Atom)